domingo, 3 de maio de 2009


















TESTAMENTO

Texto de Aluísio Cavalcante Jr


Enquanto eu viver:
Deixarei aos ministros de guerra
As minhas armas de paz.
Deixarei aos congressistas
Os meus projetos de justiça.
Deixarei aos que defendem a morte
Os meus direitos de viver.
Deixarei aos astrólogos
As minhas previsões de amor.
Deixarei para ser ensinado as crianças
A força que vem dos ideais.
Deixarei aos religiosos
As minhas crenças em Deus.
Deixarei aos que eu amo
O amor que se transforma em vida.
Deixarei aos que me amam
O amor que se transforma em união.
E deixarei ao mundo
Uma mensagem de fé,
De amor intenso e de esperança inabalável,
Com o intuito de que ele seja cheio de paz,
Sem guerras e sem falsos arsenais de amor.

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A HISTÓRIA DO TEXTO

O nascimento deste texto há alguns anos atrás, foi um compromisso que firmei com o futuro: nunca me desviar do justo, do melhor, do que faz bem ao mundo.
Este continua a ser o meu sonho, e continuará a ser para sempre.

Um comentário:

  1. O "pra sempre" é um negócio tão perigoso e, de vez em quando, tão necessário. Como seria bom que as pessoas mantivessem as suas convicções de justiça, amor e outras dessas coisas fora de moda pelo menos enquanto estão vivas. Recuso-me a acreditar que todo pra sempre sempre acaba, já que, como dizia o Morrie, você fica vivo nas pessoas que ama. E, enquanto estiver servindo ao mundo indo contra guerras "santas", hipocrisias e outras misérias, está cumprindo o papel que cada um deve assumir e que muitos esquecem ao "amadurecer".

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